Estar familiarizado com os tipos de impressão gráfica na hora de contratar e enviar seus arquivos para uma gráfica é essencial, até mesmo para correta composição dos arquivos, e conhecer os processos de impressão é muito importante na hora de definir os custos e prazos para impressão de qualquer projeto gráfico. Relacionamos abaixo alguns dos métodos mais utilizados para produção gráfica e as características de cada um.
Offset
É o método mais comum da indústria gráfica e utilizado pela maioria das empresas que prestam serviços de impressão em grande escala. A impressão offset é uma ótima opção quando se necessita de economia. Basicamente o sistema de impressão utiliza a imagem gravada em uma chapa de metal transferindo a tinta para o papel através de cilindros de borracha.
______________________________________________________________Impressão digital
Desde que foi introduzida a impressão digital tem ganhado muito do mercado gráfico, por sua agilidade e também pela facilidade do processo de impressão, pois as imagens são transferidas diretamente do computador para o papel, da mesma forma que as impressoras pessoais que temos em casa.
______________________________________________________________Impressão tipográfica
Um dos primeiros métodos de impressão, a tipográfica que foi criada por Gutenberg, utiliza o conceito de impressão em relevo, onde a imagem a ser impressa é gerada em uma superfície e depois transferida para o papel. Aos poucos esse método está se tornando obsoleto, ficando ultrapassado pelos métodos atuais que dão mais agilidade e recursos na produção gráfica.
______________________________________________________________Impressão eletrostática
É muito semelhante a fotocópia, pois a imagem é transferida para o papel através do calor, e assim como a impressão digital é indicada para produção de pequenas tiragens.
______________________________________________________________Serigrafia
A serigrafia é um dos métodos de impressão mais antigos desta lista, também com a evolução da tecnologia tem perdido bastante do seu destaque, mas ainda é mito utilizado na produção de brindes e estamparia. Na serigrafia a imagem é gravada em uma tela de tecido, por meio de emulsões e posteriormente transferida para o papel ou a peça a ser personalizada.
Fonte: http://www.graficaebrindes.com/tipos-de-impressao-grafica.html
História da TipografiaJohannes Gutenberg (~1400-1468)Detalhes sobre a obra-mestra de Gutenberg, a Bíblia de 42 linhas (B-42).A partir da revolução tecnológica operada por Gutenberg, a escrita passou a ficar duradouramente fixada em letras de chumbo; as formas das letras já não evoluíram exclusivamente pela invenção, destreza e fluidez da mão do calígrafo, já não sofreram as mutações próprias do gesto humano de escrever.A materialização das letras em metal limitou drasticamente os caprichos da estética da letra manuscrita, mas também anulou as variações (e os erros) dos copistas. Em vez de manu-scritos e de cali-grafia, passamos a ter uma tipo-grafia A partir deste ponto, serão os mestres tipógrafos que orientam a evolução das letras. Com o advénio da fundição de tipos, passamos a falar de letras fundidas, de founts, de «fontes».
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Na elaboração dos tipos de metal, Gutenberg regeu-se pelos padrões de letras manuscritas comuns na época e na sua zona... Ligaduras, contracções e abreviações foram profusamente usadas para justificar impecavelmente o texto. Ao todo, os sócios Gutenberg e Fust usaram 290 glifos diferentes nesta impressão de espantosa qualidade técnica. Os tipos da Textura tipográfica tinham que ser grandes, para que pudessem ser legíveis nas igrejas escuras, apenas iluminadas por velas. |
A rápida reprodução de textos com tipos móveis levados ao prelo foi um acelerador decisivo para a difusão das ideias do Humanismo, da Renascença – e também, depois de 1500 – do Protestantismo, ajudando a levar a termo o sombrio período da Idade Média e o monopólio cultural da Igreja Católica.
Bulas e panfletos, propaganda religiosa foram os primeiros meios de comunicação de mas.as que saíram dos prelos de Gutenberg e sócios em Mainz. Mas em breve apareceria a primeira obra-mestra tipográfica, o primeiro livro impresso na Europa.
Um famoso desconhecido
Sabe-se pouco sobre Gutenberg. O ano do seu nascimento é estimado: por volta de 1400. Nasceu entre 1393 e 1405, filho do comerciante Friele Gensf leisch, em Mainz. Mais tarde, viveu num povoado que, devido à sua localização em Mainz, levava o nome de “Zum Gutenberg”, mas não se sabe a razão pela qual ele escolheu este nome como sobrenome.
Acredita-se que, devido à sua habilidade técnica e comercial, tenha tido uma formação profissional à altura da sua classe social, numa escola monástica ou numa universidade. Entra em cena no ano de 1434, na cidade de Estrasburgo, Alsácia, que na época fazia parte do Reino Alemão, e se situava na região diretamente vizinha a Mainz.
Gutenberg provavelmente trabalhou em Estrasburgo como ourives. Já quase com 40 anos de idade, ele funda, com parceiros, uma empresa para confeccionar espelhos para peregrinos a caminho de Aachen. No processo de fabricação já se adivinha a futura fundição de caracteres de metal.
Com este empreendimento, não tem sorte: a peregrinação é adiada por um ano. Os seus parceiros do negócio, que financiaram parcialmente o empreendimento, reclamam o seu dinheiro perante a justiça. Gutenberg é descrito nos documentos do processo, pela primeira vez, como mestre de manufactura e inventor engenhoso.
Prossegue, simultaneamente, um projecto secreto, com uma forma e uma prensa, sobre o qual os seus parceiros de negócio tinham de manter sigilo absoluto. Os documentos de Strasburgo não revelam nada além disso. Alguns pesquisadores crêem que se tratava de experiências para a impressão de livros, pois Johannes Gutenberg já sabia imprimir no momento em que ele é novamente mencionado em documentos de Mainz do ano de 1448.
Do ouro ao chumbo
Há algum tempo já estavam em uso prelos para a impressão de gravuras (os famosos Blockbuecher). Mas as letras dos livros de Gutenberg não tinham sido gravadas em blocos de madeira.
Para fabricar mecanicamente livros, Johannes Gutenberg (que tinha aprendido o ofício de ourives) combinou várias das suas invenções revolucionárias. A combinação conduziu ao resultado final: o processo tipográfico, utilizando tipos móveis, fundidos em metal.
Primeiro foi necessário fabricar punções - patrizes. Estes carimbos – também chamados patriz - molde macho – eram gravados em aço duro.
Com estes punções eram gravados numa matriz de metal mais macio, em cobre. Resultavam glifos de forma negativa.
Fabricar tipos de metal
Estas matrizes eram integradas no fundidor manual – outra importante invenção de Gutenberg. A cavidade do fundidor era preenchida com uma liga, a 300°C. Esta liga de metais - chumbo e antimónio - tinha que esfriar célere, para possibilitar uma produção rápida. No estado frio e sólido tinha que ser dura, para que os tipos fundidos durassem várias impressões.
Os tipos eram guardados em caixas tipográficas bem ordenadas. Quando era o momento de fazer um livro, o artesão compositor retirava-os da caixa, para juntá-los no componedor, formando as palavras de uma linha de texto.
A famosa B-42 – Bíblia de 42 linhas –, das quais apenas se conservam 48 exemplares de uma edição total estimada em 180 exemplares, saíra de um prelo, e era portanto um documento impresso.
Detalhes sobre a obra-mestra de Gutenberg, a Bíblia de 42 linhas (B-42).
Imprimir uma folha
A tinta de impressão para papel e pergaminho também foram inventadas por Gutenberg. Uma tinta com alta viscosidade, que não permeasse o papel, pois o verso da folha também era impresso. A tinta devia de secar rapidamente, para não demorar o processo de produção do livro.
Para produzir a tinta de impressão, Gutenberg misturou fuligem, resina e óleo de linhaça. A tinta era aplicada com duas almofadas, forradas de couro de cão e com crina de cavalo dentro. A pele de cão não tem poros – os cães transpiram pelo focinho e pela língua – o que faz com que a tinta não seja absorvida pela almofada e permaneça na sua superfície.
A forma tinta - composição de tipos com a tinta aplicada – é colocada no carrinho da prensa. O papel ou o pergaminho são inseridos na tampa. Estes são colocados, então, sobre os caracteres tintos e o carrinho completo é colocado sob a placa da prensa.
Com ajuda do torniquete da prensa, imprime-se a placa com o papel sobre os caracteres. Enquanto um artesão imprime, o outro aplica tinta nos caracteres, sempre de forma alternada. A prensa fornece uma face de texto muito mais homogénea do que a que os melhores escribas da época eram capazes de fazer manualmente.
A invenção dos tipos móveis, em detalhe.
O prelo
E a prensa? Gutenberg vivia numa região caracterizada pelo cultivo de vinho desde a época romana, chamada hoje de Renânia-Hesse e Palatinado. Os vinhedos estendem-se por várias centenas de quilómetros ao longo do Reno, além de Estrasburgo, Karlsruhe até Mainz e mais para o norte.
Esta região é, até hoje, o maior conjunto contínuo de áreas vinícolas da Europa. Prensas de vinho já eram utilizadas para a obtenção do vinho, a fim de “ex-primir” o suco das uvas. A prensa de vinho foi tomada como molde embora ainda fosse necessário muito trabalho para transformá-la numa impressora.
A suspensão da placa, que não deveria girar, foi uma importante inovação. A semelhança com as prensas de vinho desta época é inconfundível.
Gutenberg consumiu grandes somas de dinheiro para realizar a impressão da Bíblia na sua oficina. Isto lhe trouxe muitas dificuldades, pois ele não investiu apenas o seu próprio capital. No processo jurídico de 1455 contra o seu financiador, Johannes Fust, que investiu 1.600 florins no projecto – hoje seriam alguns milhões –, Gutenberg perdeu a sua tipografia. O seu sócio Peter Schoeffer continuou a imprimir.
Gutenberg continuou a imprimir na casa de seus pais. Em 1462, foi atingido por outro revés. Vários cidadãos foram forçados a partir para o exílio após a luta pela sucessão do arcebispo de Mainz, entre eles Gutenberg e seus ajudantes.
Foi-lhe permitido voltar a Mainz após algum tempo, mas muitos dos seus colaboradores já tinham partido para outras cidades. Assim, a «arte negra» da impressão do livro acabou por se propagar rapidamente por toda a Europa.
Gutenberg faleceu em 1468 como um conceituado cidadão de Mainz. Cerca de 50 anos após a sua morte, existem tipografias em 270 cidades européias. Até aquela época, já haviam sido impressos mais de 40.000 títulos com mais de 10 milhões de exemplares.
Em 1539, sua invenção finalmente chega ao Novo Mundo: a primeira impressora vai, com o alemão Johann Cromberger, para o México.
Repercussões sociais
A invenção da tipografia com caracteres móveis foi inicialmente considerada bemvinda pela Igreja Católica, pois com ela podia, por exemplo, imprimir cartas de indulgência em grandes quantidades. Com o pagamento de uma soma em dinheiro, qualquer católico podia livrar-se de cunmprir as suas penitências — e até mesmo do purgatório.
Uma vantagem da tipografia: a reprodução dos textos era mais fiel. Textos longos, transmitidos ao longo dos séculos em manuscritos repletos de erros, podiam agora ser impressos sem mácula. No passar das décadas seguintes, mais e mais pessoas podiam ler a Bíblia, que se tornara mais barata por meio da sua reprodução tipográfica.
Mesmo a proibição da Igreja Católica de traduzir a Bíblia do latim para o vernáculo, fazendo com que o povo conhecesse as verdadeiras palavras da Bíblia, não impediu o seu triunfo. Em 1521 ela foi traduzida para o inglês, e impressa em Antuérpia, Bélgica – nesta época parte do Reino Alemão. O seu tradutor, o sacerdote William Tyndale, proveniente de Dursley, sul da Inglaterra, foi queimado na fogueira por isso.
Martin Luther, sem se deixar impressionar com isso, seguiu o seu exemplo e traduziu a Bíblia (impressa em 1534). Este texto acabou se estabelecer como alemão-padrão. A difusão da Bíblia – até hoje o livro mais impresso no mundo – e a difusão da palavra escrita seriam inimagináveis sem a tipografia.
A base do desenvolvimento da língua, cultura e ciência na Europa, e em consequência a riqueza económica dos séculos seguintes, fora estabelecida com a invenção da tipografia. Com a invenção de Gutenberg, o monopólio da Igreja e da nobreza sobre ciência e poder encontrava-se no início de seu fim; o Humanismo ganhava terreno de forma imparável.
A França revolucionária do século XVIII trataria Gutenberg como o “primeiro revolucionário e benfeitor da humanidade”, queria mudar o nome da tipografia para “gutenberguismo”, e até mesmo dar o seu nome a uma constelação...
A B-42
Página de um exemplar da Bíblia de 42 linhas, o primeiro livro europeu impresso por processo industrial, na oficina de Gutenberg em Mainz. Este exemplar foi impresso a duas cores, negro e rubro (o que não aconteceu com todos os exemplares).
Esta página foi, depois da impressão do texto no prelo, ricamente iluminada, ilustrada e decorada à mão – como era uso fazê-lo nos manuscritos.
Nos 48 exemplares da B-42 que chegaram até nós, as diferenças na ilustração marcam dois estilos: cópias luxuosas e outras mais sóbrias. Mas em todas se observa o perfeito alinhamento das duas colunas de texto, conseguido através da substituição de glifos «comuns» por outros alternativos, mais largos ou mais estreitos.
Ligaduras, contracções e abreviaturas foram profusamente usadas para justificar impecavelmente o texto. Ao todo, os sócios Gutenberg e Fust usaram 290 glifos diferentes nesta impressão de espantosa qualidade técnica.
No complicado processo de impressão, que implicava uma produção quase contínua, o controlo de qualidade estava integrado: assim que uma primeira folha de prova era tirada, esta era imediatamente controlada pelo revisor. Apesar disso, existem erros visíveis no impresso. þ
Para ver mais detalhes acesse:
http://tipografos.net/historia/index.html
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